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Pessoas que creem no paranormal são mais vulneráveis ao stress?

Estudo com 3084 participantes avaliou se dois tipos de crença no paranormal podem estar associados a diferentes níveis de stress percebido.

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Será que percecionamos o peso de partes do nosso corpo e o peso de objetos de forma diferente?

De acordo com a lei de Newton, o peso é calculado pelo produto da sua massa pela gravidade. Como é que o cérebro determina o peso de objetos e de partes do corpo?

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Combinação de psicadélicos e meditação potencia experiências místicas?

Investigadores testaram se a combinação de psicadélicos com a meditação aumenta a atenção plena, compaixão, insight e transcendência do tipo místico num grau superior ao da meditação com placebo.

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O que acontece no cérebro quando dizemos "Não"?

A negação tem um papel importante na linguagem, mudando o significado das frases e o foco da nossa atenção. Estudos recentes sugerem que entender frases de não ação, como "Ela não escreveu a carta", envolve áreas do cérebro responsáveis pelo controlo de movimentos. Neste âmbito, Alessio Avenanti e colaboradores investigaram como a leitura de frases afirmativas e negativas de ação e atenção afeta os mecanismos inibitórios e facilitadores no córtex motor primário (M1), que controla os movimentos. Usando uma técnica chamada de estimulação magnética transcraniana (TMS), descobriram que frases de ação negada (como "não escreveu") diminuem a atividade nas áreas motoras do cérebro, bloqueando a ação. No entanto, frases sem ação, como "Ela não estava atenta", não têm esse efeito. As frases de ação negada também reduzem a atividade de circuitos inibitórios no cérebro, regulados pelo neurotransmissor GABAA, mas não afetam os circuitos que facilitam a atividade cerebral. Estes resultados ajudam-nos a entender melhor como o cérebro processa a linguagem e como isso se relaciona com os movimentos que fazemos. Este estudo foi publicado na revista científica Brain and Language, no artigo Exploring the impact of sentential negation on inhibitory motor networks: Insights from paired-pulse TMS, no âmbito do projeto de investigação 304/22 - Boosting and hindering action imitation by modulating spike-timing dependent plasticity, apoiado pela Fundação BIAL.

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Sabia que o cérebro humano consegue estudar-se a si próprio?

Parece um paradoxo, mas é verdade! O cérebro, responsável pela nossa consciência e perceção, tem a capacidade única de se estudar a si próprio. Mas como pode um órgão analisar-se a si mesmo? Como pode o cérebro ser simultaneamente o objeto e o instrumento de estudo? Uma revisão recente, liderada por Simone Battaglia, explorou estas questões, juntando perspetivas filosóficas e neurocientíficas. Ao tentar entender a si mesmo, o cérebro enfrenta um dilema único: como pode um sistema complexo analisar suas próprias funções sem um ponto de referência externo? Este dilema é comparado ao conceito filosófico de "autorreferência", onde um sistema deve se definir e se compreender a partir de dentro. Outra principal questão é a dicotomia entre a objetividade científica e a subjetividade da experiência consciente. O estudo sugere que a compreensão completa do cérebro e da mente requer uma abordagem que integre ambos os aspetos. Efetivamente, os cientistas combinam técnicas avançadas de imagem cerebral que estudam o cérebro a nível estrutural e funcional, como a ressonância magnética (MRI) por exemplo, com a introspeção, que é a reflexão sobre pensamentos e experiências. Essas abordagens complementares permitem uma compreensão mais profunda dos mecanismos subjacentes à consciência e à perceção. Estudar como o cérebro gera diferentes estados de consciência pode ajudar a identificar sinais de distúrbios como a depressão ou esquizofrenia, e novas formas de tratar o stresse pós-traumático, por exemplo. Ainda há muito por descobrir, mas estes estudos podem abrir novas possibilidades para a forma como entendemos e tratamos a mente humana. Esta revisão foi publicada na revista científica Physics of Life Reviews, no artigo The paradox of the self-studying brain, no âmbito do projeto de investigação 235/22 - SPARKS: Driving associative plasticity in the cortically blind brain to promote recovery of visual awareness, apoiado pela Fundação BIAL.

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Como o cérebro processa recompensas e punições?

Os nossos cérebros selecionam as informações mais importantes e concentram-se nelas. Para tomar decisões, avaliam se cada estímulo é positivo ou negativo. Estímulos positivos incentivam a aproximação, enquanto os negativos levam à evitação, ajudando na sobrevivência. O núcleo accumbens (NAc) tem um papel central nesse processo, mas o funcionamento dos seus neurónios ainda não é totalmente compreendido. A equipa de Carina Soares-Cunha estudou os neurónios D1 e D2 do NAc para entender como distinguem estímulos e influenciam a aprendizagem. Usando imagem avançada em ratinhos, observaram que durante a aprendizagem associativa (quando um estímulo é associado a uma recompensa ou punição), ambos os tipos de neurónios são ativados e trabalham juntos, mas de maneiras diferentes. No entanto, quando as associações mudam, como quando um estímulo negativo deixa de ter uma consequência desagradável, os neurónios D2 são essenciais para extinguir essa associação aversiva. Como dificuldades em modificar associações negativas estão ligadas à ansiedade e ao stresse pós-traumático, compreender melhor a função dos neurónios D2 pode ajudar a desenvolver novos tratamentos. Este estudo foi publicado na revista científica Nature Communications, no artigo Dynamic representation of appetitive and aversive stimuli in nucleus accumbens shell D1- and D2-medium spiny neurons, no âmbito do projeto de investigação 175/20 - The role of nucleus accumbens in the perception of natural rewards, apoiado pela Fundação BIAL.

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