Intervenção online baseada em mindfulness melhora memória e atenção de idosos
Investigação avaliou os resultados cognitivos, psicológicos e fisiológicos de intervenção baseada em mindfulness num grupo de idosos saudáveis.
Identificação de molécula envolvida na extinção do medo abre caminho a novas terapias para a ansiedade
Descoberta de mediador responsável pela alteração das memórias de medo pode contribuir para a criação de novas terapias para o tratamento da ansiedade.
Será que a cegueira afeta o modo como avaliamos se uma emoção é autêntica ou fingida?
Resultados indicaram que participantes que se tornaram cegos mais tardiamente tiveram pior desempenho na avaliação da autenticidade emocional.
Bolsa de Doutoramento Nuno Grande 2024 já tem vencedor
Leonardo Moço foi o vencedor da terceira edição da Bolsa de Doutoramento Nuno Grande (BDNG) com um projeto de investigação na área da hemato-oncologia.
Como o nosso cérebro organiza as memórias do passado?
A memória episódica permite-nos reviver mentalmente momentos do passado, recuperando detalhes como o que aconteceu, onde e quando. No entanto, a forma como recordamos esses eventos pode variar, dando destaque a diferentes aspetos da experiência. Estudos indicam que a recordação com pistas ativa simultaneamente duas redes cerebrais essenciais: a DMN (Default Mode Network) e a FPCN (Frontoparietal Control Network). Uma investigação liderada por Matteo Frisoni analisou se diferentes dimensões da memória – detalhes de objetos e personagens, disposições espaciais, sequências temporais e diálogos verbais – são processadas em sub-regiões especializadas dentro dessas redes e se essa diferenciação influencia o desempenho da recordação. Os resultados mostraram que a FPCN apresentou uma ativação comum para todas as dimensões da memória, enquanto a DMN revelou uma especialização mais acentuada, especialmente nas suas regiões posteriores. Além disso, verificou-se que uma maior especificidade funcional dentro dessas redes estava associada a um melhor desempenho da memória. A investigação revelou também uma assimetria na DMN, com maior ativação no hemisfério esquerdo para todas as dimensões, exceto a temporal, enquanto a FPCN manteve uma ativação equilibrada entre os hemisférios. Este estudo oferece uma nova perspetiva sobre como o cérebro organiza e otimiza a nossa capacidade de recordar experiências passadas. Este estudo foi publicado na revista científica NeuroImage, no artigo Specialization for different memory dimensions in brain activity evoked by cued recollection - ScienceDirect, no âmbito do projeto de investigação 384/20 - Schema-based temporal memory in parietal cortex (SCHETEMP), apoiado pela Fundação BIAL.
Por que razão algumas pessoas se lembram dos sonhos e outras não?
Os sonhos são como janelas para a mente, refletindo memórias, crenças e preocupações diárias, enquanto desempenham um papel essencial na aprendizagem, na consolidação das memórias e até na nossa saúde mental e física. Embora quase todas as pessoas sonhem, a capacidade de recordar essas experiências varia muito de indivíduo para indivíduo. Uma investigação liderada por Giulio Bernardi procurou compreender melhor este fenómeno, analisando os fatores que influenciam a recordação dos sonhos. Para isso, a equipa utilizou uma base de dados multimodal que recolheu relatos de sonhos, características pessoais e medidas cognitivas, psicométricas e neurofisiológicas. Os resultados apontam três fatores principais que determinam se uma pessoa acorda com a recordação da experiência do sonho: a atitude em relação aos sonhos, a tendência para a divagação mental e os padrões de sono. Além disso, a capacidade de recordar detalhes do sonho depende da resistência à interferência e da idade. Curiosamente, padrões de sono semelhantes parecem favorecer tanto os sonhos com conteúdo quanto os chamados “sonhos brancos” - aqueles de que sabemos ter tido, mas cujo conteúdo nos escapa. Isto sugere que os sonhos brancos são experiências reais, cujas memórias simplesmente desaparecem ao despertar. Este estudo reforça a ideia de que os sonhos são moldados por fatores individuais e momentâneos, abrindo novas perspetivas para compreender a sua ligação com a memória e a mente humana. Este estudo foi publicado na revista científica Communications Psychology - Nature, no artigo The individual determinants of morning dream recall | Communications Psychology, no âmbito do projeto de investigação 91/20 - Mentation report analysis across distinct states of consciousness: A linguistic approach, apoiado pela Fundação BIAL.
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