As flutuações de humor impactam na confiança quando tomamos decisões?
Estudo revela que na população adulta saudável as flutuações de humor não interferem com a confiança na tomada de decisões.
Relação entre bruxismo do sono, insónia e ansiedade
Investigadores concluíram que o bruxismo do sono não tem associação direta com a insónia, mas a ansiedade pode ser fator de ligação entre estes distúrbios.
QI e o nível socioeconómico podem interferir na fluência de leitura das crianças?
Investigadores descobriram que QI não interfere com a disfluência da leitura em crianças, ao contrário do nível socioeconómico.
Roedores reconhecem melodias musicais como os humanos?
Estudo revela que ratos têm sensibilidade para rastrear padrões harmónicos e temporais na música e que sensibilidades podem ser partilhadas entre as espécies.
Pessoas mais produtivas à noite mostram maior aquisição de medo, o que pode aumentar risco de desenvolver ansiedade
Investigadores usaram paradigma pavloviano de condicionamento do medo para estudar associação entre o cronotipo e as respostas de medo em humanos.
Análise à audição dos recém-nascidos pode predizer desenvolvimento neurofisiológico aos 12 meses
Associação entre processamento auditivo e resultados do desenvolvimento em bebés pode ser crucial para deteção precoce de perturbações neurodesenvolvimentais.
Futuros pais e mães experienciam a gravidez de forma diferente?
Estudo demonstrou que existem diferenças neuronais e psicológicas entre homens e mulheres durante a gravidez.
Podemos autorregular o nosso cérebro através de treino?
Estudo sobre neurofeedback revela que os efeitos comportamentais obtidos parecem ser os mesmos quer seja dado feedback real ou falso ao participante.
Quem tem melhor memória autobiográfica pode ser mais criativo?
Processos relevantes para o pensamento criativo não são potenciados em indivíduos com um desempenho altamente superior de memória autobiográfica.
BIAL Award in Biomedicine 2023: cerimónia de entrega
O trabalho vencedor do BIAL Award in Biomedicine 2023, selecionado entre 70 nomeações, será anunciado no dia 20 de fevereiro de 2024, às 18:00.
A interação entre o ritmo e as capacidades motoras
São Luís Castro, investigadora principal do projeto de investigação 304/14 - The impact of music training on reading and mathematical abilities of normal and reading disabled children: a behavioral and neuroimaging longitudinal study, apoiado pela Fundação BIAL, pretendeu estudar, a nível comportamental e cerebral, a interação entre o ritmo e as capacidades motoras no contexto do treino musical. Num estudo longitudinal com crianças, foi explorado se a capacidade de perceber ou reproduzir o ritmo (predisposição) modula as melhorias motoras associadas ao treino musical, e foram identificadas regiões cerebrais implicadas na interação entre o ritmo e a aprendizagem motora. Cinquenta e sete crianças de 8 anos participaram num estudo longitudinal onde completaram tarefas rítmicas e motoras, bem como exames de ressonância magnética estrutural antes e depois de um treino musical de 6 meses (n= 21) ou de um programa desportivo (n= 18), ou de nenhum treino específico (grupo de controlo passivo, n = 18). Verificou-se que o treino musical melhorou o desempenho motor (e também o ritmo), e que a magnitude da melhoria dependeu da capacidade de perceber o ritmo antes do treino (ou seja, melhor predisposição para o ritmo, melhorias mais significativas). O treino musical também induziu uma perda de volume de massa cinzenta no cerebelo esquerdo e no giro fusiforme, e a perda de volume estava correlacionada com maiores ganhos motores. Nenhum desses efeitos foi verificado no grupo desportivo e de controle. As implicações destes resultados são apresentadas no artigo Individual differences in rhythm perception modulate music‑related motor learning: a neurobehavioral training study with children publicado na revista científica Scientific Reports.
Como as pessoas com deficiência visual percecionam a autenticidade emocional?
No âmbito do projeto de investigação 148/18 - Voice perception in the visually deprived brain: Behavioral and electrophysiological insights, apoiado pela Fundação BIAL, a equipa de investigação liderada por Tatiana Conde, pretendeu analisar como pessoas com deficiência visual percecionam a autenticidade emocional. Combinando medidas comportamentais e potenciais evocados por eventos (em inglês: event-related potentials, ERP), avaliaram a perceção de autenticidade emocional de risos e choros em 51 participantes: indivíduos que nasceram ou ficaram cegos numa fase precoce da vida (n = 17) numa fase tardia (n = 17), bem como um grupo de controlo de normovisuais (n = 17). Comportamentalmente, os participantes com cegueira precoce e com visão tiveram um desempenho semelhante na perceção da autenticidade emocional, mas o grupo com cegueira tardia teve um pior desempenho comparativamente ao grupo de controlo. Nas respostas cerebrais, todos os grupos foram sensíveis à autenticidade do riso no estádio P2 e à autenticidade do choro no estádio inicial do LPP. No entanto, apenas os participantes com cegueira precoce foram sensíveis à autenticidade do choro nos estádios N1 e intermediário do LPP, e à autenticidade do riso no estádio inicial do LPP. Além disso, os participantes com cegueira precoce e os normovisuais foram mais sensíveis do que os com cegueira tardia à autenticidade do choro nos estádios P2 e LPP tardio. Em conjunto, estes resultados sugerem que a privação visual prolongada com início tardio, deteriora a perceção de autenticidade emocional. Para saber mais sobre este estudo, consulte o artigo Blindness influences emotional authenticity perception in voices: Behavioral and ERP evidence publicado na revista científica Cortex.
Prémio Maria de Sousa 2024: candidaturas abertas
Estão abertas as candidaturas para o Prémio Maria de Sousa 4ª edição – 2024, promovido pela Ordem dos Médicos e Fundação BIAL.
Bolsa de Doutoramento Nuno Grande 2023: candidaturas abertas
Estão abertas a partir de hoje as candidaturas para a Bolsa de Doutoramento Nuno Grande 2023, no valor de 25.000€.
Como os submovimentos são coordenados?
No âmbito do projeto de investigação 246/20 - The hidden rhythm of interpersonal (sub-)movement coordination, apoiado pela Fundação BIAL, a equipa de investigação liderada Alice Tomassini estudou a coordenação de submovimentos a nível individual e diádico. Os participantes realizaram uma série de tarefas bimanuais em coordenação com um parceiro (tarefa diádica) ou sozinhos (tarefa individual) e, neste último caso, com ou sem feedback visual. Os dados, apresentados no artigo The microstructure of intra- and interpersonal coordination, publicado na revista científica Proceedings of the Royal Society B, demonstrou que existem estruturas coordenativas distintas ao nível dos submovimentos em função das propriedades do feedback. Especificamente, o tempo relativo dos submovimentos (entre parceiros/efetores) mudou da alternância para a simultaneidade e uma mistura de ambos quando a coordenação foi alcançada usando a visão (interpessoal), a propriocepção apenas (intrapessoal, sem feedback visual) ou todas as fontes de informação ( intrapessoal, com feedback visual), respetivamente.
Pode o cérebro atuar como um filtro inibitório das capacidades psíquicas?
O modelo neurobiológico de Morris Freedman sugere que os lobos frontais do cérebro atuam como um filtro para inibir as capacidades psíquicas (ex.: telepatia, clarividência, precognição, interação mente-matéria, etc.) e implica que os humanos possam ter capacidades psíquicas inatas que são suprimidas por esse filtro. Para testar este modelo, a equipa do projeto de investigação 210/18 - Mind-matter Interactions and the Frontal Lobes of the Brain, apoiado pela Fundação BIAL, utilizou a estimulação magnética transcraniana repetitiva (EMTr) para induzir lesões cerebrais reversíveis na região frontal medial esquerda em participantes saudáveis. Os dados confirmaram a hipótese inicial, ou seja, participantes saudáveis com lesões reversíveis induzidas por EMTr afetando a região frontal média esquerda do cérebro mostraram efeitos superiores numa tarefa de interação mente-matéria em comparação com participantes saudáveis sem lesões induzidas por EMTr. Estes resultados apoiam a premissa de que o cérebro serve como um filtro para bloquear os efeitos psíquicos e podem ajudar a explicar porque é que estes efeitos são tão pequenos e difíceis de replicar em participantes saudáveis. Para saber mais sobre o estudo, leia o artigo Enhanced mind-matter interactions following rTMS induced frontal lobe inhibition, publicado na revista científica Cortex.
Podem as sensações de contacto com um falecido ajudar no processo de luto?
Em todas as sociedades, é provável que 30 a 34% dos indivíduos experimentem pelo menos uma comunicação pós-morte (em inglês, after-death communication ou ADC) durante a sua vida. A ADC é definida como um fenômeno espontâneo no qual um indivíduo vivo tem a sensação de contacto direto com uma pessoa falecida. Uma ADC pode manifestar-se de diversas formas, tais como sentir a presença da pessoa falecida através do olfato, da visão, da audição ou até do toque; experiências simbólicas (tocar uma música no rádio, flores desabrochando fora da estação, etc.); experiências eletrónicas (receber um telefonema, um “gosto” no Facebook ou um e-mail do falecido, anomalias informáticas, etc.); visitas ou mensagens em sonhos. As ADCs ocorrem em diferentes culturas, raças, idade, estatuto socioeconómico, nível de escolaridade, género e crenças religiosas. No âmbito do projeto 169/20 - Investigation of the Phenomenology and Impact of Spontaneous and Direct After-Death Communications (ADCs), apoiado pela Fundação BIAL, a equipa de investigação explorou o impacto das ADCs no luto, envolvendo 70 indivíduos que vivenciaram ADCs com parceiros ou cônjuges falecidos. A maioria considerou as ADCs reconfortantes (81%) e úteis no seu luto (84%). Para 49% dos participantes, as ADCs pareceram facilitar a aceitação da perda e 42% confirmaram uma recuperação mais célere devido à ADC. As implicações destes resultados são discutidas no artigo Description and impact of encounters with deceased partners or spouses publicados na revista científica OMEGA - Journal of Death and Dying.
Ordem dos Médicos e Fundação BIAL entregam 3ª edição do Prémio Maria de Sousa
A cerimónia de entrega da terceira edição do Prémio Maria de Sousa decorreu no dia 16 de novembro no Teatro Thalia, em Lisboa, e contou com a presença da Ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Elvira Fortunato, a presidir à sessão, da Secretária de Estado da Promoção da Saúde, Margarida Tavares, e do Secretário de Estado do Ensino Superior, Pedro Teixeira. Os cinco vencedores, todos jovens investigadores em ciências da saúde, são Inês Alves (i3S, U.Porto), Nuno Dinis Alves (ICVS, U.Minho), Catarina Palma dos Reis (CHULC - Maternidade Dr. Alfredo da Costa, Lisboa), João Neto (i3S, U.Porto) e Sara Calafate (ICVS, U.Minho).
The quest of physiological markers for the experience of pain
Researcher: Elia Valentini - Department of Psychology & Centre for Brain Science, University of Essex Summary: The aim of this project is to improve measurement of the human experience of pain by investigating a combination of psychophysical and physiological responses during mild noxious stimulation. More specifically, we want to investigate how sensitive and specific to pain the brain oscillatory responses are. We use EEG as the main technique, but we are keen to collaborate with neuroscientists using fMRI, autonomic measures and brain stimulation as well as with computational neuroscientists. A clinical collaborator would also be very much welcome.
EEG investigation of hypnosis and decision-making
Researcher: Rinaldo Livio Perri - University Niccolò Cusano Rome, Italy Summary: I work in the field of hypnosis and cognitive neuroscience. In particular, I adopt the event-related potentials (ERPs) to investigate the effect of the hypnotic suggestions on sensory processing and cognitive performance. I am an expert in decision-making and proactive brain processes before the stimulus administration (e.g., the perceptual, prefrontal and premotor readiness during the expectancy stage). I could help colleagues to properly analyze the ERP signal in the pre-stimulus stage of processing. Also, I would be happy to share my EEG data for re-analyzing them in the frequency domain (e.g., wavelet or coherence analysis in the hypnosis research). Feel free to contact me for any question! More information on my papers: https://scholar.google.it/citations?user=-8e_V64AAAAJ&hl=it Possible collaborations: neuroscientist with experience in the EEG frequency analysis Email: perri.rinaldo@gmail.com
Transparent Psi Project - looking for collaborators
Summary: We are running a fully transparent, expert consensus-base multilab replication of Bem’s (2011) experiment 1. The project features state of the art methods to maximize transparency and study integrity. The study involves a computerized experiment taking about 20 minutes per session. Group testing is possible in a computer lab, no specialized equipment needed. Labs are expected to recruit at least 100 participants. Participants will be exposed to images with explicit erotic/sexual content in the experiment. No financial compensation is required for the participants. Data collection is expected to take place in the 2020 fall semester. Every material is provided for ethics/IRB submissions and data collection in English (translation of materials might be necessary by the collaborators). The study is pre-registered and the manuscript is accepted in principle for publication in the journal Royal Society Open Science. All collaborators who meet the minimum sample size criterion will get authorship on this paper reporting the results of the replication study. More information in the preprint: https://psyarxiv.com/uwk7y/ Indicate interest in the collaboration via the following form: https://tinyurl.com/tpp-labs With any question contact the lead investigator: Dr. Zoltan Kekecs, kekecs.zoltan@gmail.com
Cognitive control and learning
Researcher: Ignacio Obeso, Ph.D. / CINAC - HM Puerta del Sur Summary: The aim of our projects is to understand the behavioral and neural mechanisms used to learn how humans establish adaptive behaviour in changing contexts. More specifically, we want to decipher how stopping abilities are initially learned and later executed under automatic control. We use task-related fMRI, brain stimulation and clinical models to test our predictions in laboratory settings as well as online home-based paradigms. Possible collaborations: computational scientist Email contact: i.obesomartin@gmail.com https://iobesomartin.wixsite.com/cognitivecontrol
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